
Plantando Respeito
Crescer não exige muito esforço, que se refere à questão biologia, claro que considerando o maior percentual da população mundial, no entanto, temos de considerar o crescimento que são constituídos estritamente através da interação interpessoal, o qual depende de aprendizado pela vivência para que aconteça e para isso ser construído de maneira mais harmoniosa é essencial que existam modelos adequados, bons exemplos e o exercício para que este tenha um crescimento saudável.
O crescimento que tento me referir é o crescimento da cidadania responsável, que preza pelo zelo da sociedade, onde este sempre busque a boa convivência, respeito com os outros e pelo lugar onde todos vivem e ocupam.
Considerando que somos seres biopsicossociais, temos de considerar e compreender todas as esferas dessa construção do ser, compreender como esta se dá e suas respectivas importâncias para uma convivência harmônica com o mundo que nos rodeia.
Uma maneira de termos consciência de nossa construção pessoal é permitirmos que tenhamos contato com o que nos constrói de maneira “consciente”, o que quero dizer com isto é que muitas vezes vivemos de maneira mecânica, não damos importância ou prestamos, menos atenção em coisas e situações que podem ter sua relevância no modo que construímos nossa maneira de olhar o mundo que nos rodeia.
E como podemos nos relacionar melhor com o mundo, e como isso pode promover mudanças em nossos comportamentos e ainda porque isto? O pensamento que trago comigo, para muitos pode parecer utópico, mas acredito que alcançar algo que parece inalcançável só se impossibilita quando não existe incentivo e iniciativa.
Imaginando como seria gratificante viver em um ambiente colaborativo, enxergo o quão seria mais fácil nos relacionarmos. Mas para isto devemos primeiro promover a mudança em nós para esperarmos algo do outro.
Poderíamos imaginar o meio social onde vivemos como o ecossistema, onde cada indivíduo biológico tem a sua responsabilidade de manter este vivo, seja oferecendo de alguma forma nutrientes para o fortalecimento do outro ou apenas proporcionando alguma sombra ou proteção de chuvas fortes.
Em meu modo de vista, senso de cidadania basicamente é muito parecido com este exemplo de ecossistema, a preocupação com o outro sendo considerada pode vir gerar benefícios para toda a sociedade, voltando a “utopia” dessa ideia, mencionada anteriormente, julgo que alcançarmos isso em pleno funcionamento não é uma possibilidade fácil, mas devemos fazer nossa parte, contribuir da forma que podemos sem esperar do outro algo em troca, afinal o retorno pode não vir deste que ajudamos, mas do reflexo que nossas ações proporcionaram nesse “sistema cidadão”.
Sabendo que não seja algo fácil de se alcançar esse tal senso de responsabilidade com o outro e com a sociedade, talvez alcançar a plenitude desse não é algo que veremos tão logo talvez nem veremos em sua expressão maior, mas para que possamos vislumbrar essa possibilidade temos de começar a promover mudanças agora, quem sabe ensinando a nossas crianças a noção de que podemos fazer o bem e colher frutos de nossas ações.
Quem sabe aproveitar o exemplo, o ciclo do ecossistema e a natureza, esse exercício pode ensinar-lhes de maneira lúdica e ainda de quebra possamos aprender com isto a olhar com olhos mais atentos aos pequenos detalhes.
Assim desenvolver maior senso de cidadania e respeito pelo meio ambiente de forma que possam além de exercê-la contribuir para uma melhoria de suas perspectivas e pela interação e exemplos que possibilite a percepção de que podem contribuir para uma vida e convivência biossocial harmoniosa e sustentável.
Quem sabe comecemos hoje, plantando uma muda de alguma árvore frutífera, que pode produzir belos e suculentos frutos amanhã, ou uma planta ornamental, que pode proporcionar bem-estar ao ambiente que ela esteja.
Espero que esta atividade, caso seja iniciada por você que está lendo, possa mostrar que existem possibilidades de manter uma boa convivência, respeitando ao meio em que vivemos e que isso pode nos trazer frutos e benefícios, além disso, atrair mais interessados em aproveitar dos frutos que podem ser colhidos e multiplicar as benfeitorias provenientes delas.
Por Fabiano Walczak – Psicólogo do Acolhimento Institucional da ACRIDAS
Revisão de Texto – Gabrielle L dos Santos – Embaixadora ACRIDAS